Dados do Trabalho
Título
O Papel do Estado de São Paulo no Diagnóstico e Tratamento de Pacientes com Câncer Renal, Residentes da Região Norte do Brasil entre 2013 e 2023
Resumo
Introdução: As neoplasias renais primárias consistem, em 80 a 85% dos casos, no Carcinoma de
Células Renais (CCR), originado de células tubulares do córtex renal. O diagnóstico presuntivo
das neoplasias renais se dá pela presença da clássica tríade clínica: hematúria, dor lombar e
massa abdominal palpável, porém na maioria das vezes atualmente é um achado incidental em
exames de imagem. O tratamento se baseia no estádio da doença, segundo o qual pode-se adotar
a cirurgia, aliada ou não a terapias de moléculas-alvo. Objetivo: Descrever a epidemiologia do
protagonismo de São Paulo no diagnóstico e tratamento de neoplasia maligna de rim de
residentes do norte do Brasil entre 2013 e 2023. Método: Realizou-se um estudo descritivo,
retrospectivo e transversal através da coleta e interpretação de dados do Sistema Tabnet, a partir
do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, DATASUS. Foi selecionado por
diagnóstico detalhado o ítem “C64-Neoplasia maligna do rim, exceto pelve renal”, de pacientes
residentes do Norte do Brasil. Foram analisadas as variáveis: Diagnóstico-Neoplasia Maligna de
Rim, Região de Diagnóstico, Região de Tratamento, UF de residência e UF de tratamento no
período de 2013 a 2023. Resultados: Os casos de malignidade renal em pacientes residentes da
região norte totalizaram 1.457 ocorrências. Dessas, 7,62% (n=111) foram diagnosticadas nas
demais regiões: 3 na região Nordeste, 3 na região Sul, 8 na região Centro-oeste e 97 na região
Sudeste. São Paulo obteve o maior número de diagnósticos de pacientes do Norte, representando
84,68% (n=94) do grupo. Dos municípios do estado, Barretos foi o que mais realizou
diagnósticos de residentes do norte com pacientes de todos os estados, exceto do Amapá, e com
o total de 79 casos diagnosticados. Quanto ao tratamento, o Sudeste foi responsável por 4,87%
dos tratamentos e, dentre os estados, São Paulo representou 68,42% dos casos tratados fora do
local de residência. Na região norte, Tocantins é o estado com maior número de casos tratados
em SP, com 33,8%, seguido de Roraima, com 24% dos casos. O Amazonas possui o menor
número de casos tratados em SP, com 0,98% dos casos. Conclusão: É inegável o protagonismo
do estado de São Paulo, com ênfase no município de Barretos que se destaca como referência no
diagnóstico e tratamento de neoplasia maligna de rim, uma vez que a maioria dos casos tratados
e diagnosticados fora do domicílio em pacientes da Região Norte ocorreram em neste estado.
Palavras Chave
Neoplasias; Rim; Epidemiologia.
Área
Geral
Categoria
Estudos transversais
Autores
Gisele Rocha Lopes, Karina Dias Rocha, Arthur Andrade da Silva, Amanda Gabrielle Oliveira Vaz, Alana Carla Vasconcelos da Silva, César Augusto da Rocha Ribeiro, João de Barros Neto, Thiago Afonso Teixeira