Dados do Trabalho

Título

As diferenças regionais afetam o tratamento da nefrolitíase no Brasil ?

Resumo

Introdução: Apesar de existirem diretrizes para guiar os urologistas no tratamento dos cálculos renais, as condutas podem variar dependendo das características populacionais e disponibilidade de equipamentos e tecnologias. No Brasil, as 5 grandes regiões apresentam suas particularidades, tanto em relação às características sócio-econômicas, como no ensino e ambiente profissional, o que pode influenciar diretamente o tratamento dos pacientes.
Objetivo: Comparar as tendências de condutas para o tratamento da nefrolitíase e a disponibilidade de equipamentos para esses tratamentos nas diferentes regiões brasileiras.
Método: Enviado questionário eletrônico via correio eletrônico para os urologistas membros da SBU, de todas as regiões brasileiras.
Resultados: No total, 815 urologistas responderam ao questionário, sendo a maioria da região sudeste (52,2%) e a minoria da região norte (4,54%). Foi encontrado diferença no acesso a Litotripsia extracorpórea entre as regiões, sendo a principal discrepância entre Sul (81,8%) e Nordeste (81,8% vs 64,7% - p<0,05). A realização de Ureterorrenolitotripsia flexível (f-ULT) também apresentação variação, sendo a maior diferença entre o Sudeste, com 10,8% dos urologistas realizando mais que 15 f-ULT/mês, e o Nordeste, com apenas 1,9% realizando > 15 f-ULT/mês (p<0,05). O principal motivo para justificar essa diferença foi a falta de equipamento. Como consequência é reflexo que o tratamento de cálculo único entre 10 e 20 mm, tem diferença estatística entre f-ULT, principalmente entre Sudeste e Centro-Oeste(90,8% vs 77,5% - p<0,05).
Conclusão: As regiões brasileiras apresentam diferenças na disponibilidade de equipamentos para tratamento de cálculos renais, especialmente com relação a LECO e f-ULT. Essas diferenças parecem influenciar as condutas urológicas, principalmente para os cálculos < 2 cm.

Palavras Chave

Nefrolitiase; regiões do Brasil; Endourologia