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Dados do Trabalho


Título

TERAPIA DE PRIVAÇÃO ANDROGÊNICA E O RISCO DE FRATURAS EM PACIENTES COM CÂNCER DE PRÓSTATA: REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer em homens e uma das principais causas de morte nessa população. A terapia de privação androgênica é amplamente utilizada para casos de risco intermediário ou superior. No entanto, a longo prazo, essa abordagem resulta em eventos adversos, como redução da densidade óssea aumentando, assim, o risco da ocorrência de fraturas osteoporóticas. OBJETIVO: Investigar o impacto da terapia de privação androgênica no risco de fraturas osteoporóticas em pacientes com câncer de próstata METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura de artigos publicados entre 2019 e 2024, na base de dados PubMed. Para o levantamento bibliográfico, foram utilizados os descritores em saúde Prostate Cancer, Androgen Deprivation Therapy e Fracture. Dos 38 artigos encontrados, 22 foram incluídos no estudo após exclusão de revisões, cartas ao editor e datas anteriores à 2019. RESULTADOS: A terapia de privação androgênica no câncer de próstata está fortemente ligada ao risco de fraturas osteoporóticas. Antiandrógenos não esteróides, como a bicalutamida, e outros medicamentos, como enzalutamida e abiraterona, aumentam esse risco. Além disso, a longo prazo a densidade mineral óssea tende a diminuir durante a terapia. O ácido zoledrônico se mostrou eficaz ao diminuir a reabsorção óssea. Ademais, esses pacientes enfrentam aumento nos riscos de toxicidade cognitiva, fraqueza e perda de massa esquelética, contribuindo para um aumento no risco de quedas e fraturas. Em relação a outros tratamentos, a terapia de privação androgênica está associada a um aumento de 1,6 vezes no risco de fraturas, destacando a idade como fator de risco. Testes de densidade mineral óssea e raios-X de dupla energia estão associados a uma redução no risco de fraturas graves em pacientes. CONCLUSÃO: A longo prazo, a terapia de privação androgênica acarreta efeitos adversos na qualidade de vida dos pacientes, como aumento da morbidade e do risco de fraturas osteoporóticas. Dessa maneira, torna-se essencial a monitorização e o gerenciamento dos riscos associados a essa terapia. Ademais, medidas de prevenção, como o ácido zoledrônico e os testes de densidade mineral óssea e raios-X de dupla energia, são cruciais para manejar pacientes em risco. Nesse sentido, uma abordagem preventiva associada ao tratamento é crucial não apenas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas também para atenuar a carga econômica associada a essa condição.

Palavras Chave

Câncer de Próstata; Terapia de privação androgênica; Fraturas

Área

Geral

Categoria

Revisão sistemática/metanálise

Autores

Robson Emmanuel Silva Sampaio, Kathyusses Caldas Galvão, Fernanda Diógenes Ferreira, Sarah Gonçalves Torres de Sá, Guilherme Pinheiro Viegas, Marcellus de Souza Almeida, Rafael Antonio Freire Carvalho