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Dados do Trabalho


Título

Prevalência e Fatores Epidemiológicos da Urolitíase no Brasil: Uma Abordagem Transversal Utilizando o DATASUS

Resumo

INTRODUÇÃO
A formação de cálculos no trato urinário é denominada urolitíase. Esta é uma condição que acomete uma grande quantidade de brasileiros e que pode causar dor intensa, infecções urinárias e obstruções do trato urinário.

OBJETIVO
Analisar a prevalência e os fatores epidemiológicos associados à urolitíase no Brasil, utilizando dados do DATASUS, para desenvolver medidas terapêuticas e políticas de saúde que possam mitigar o impacto da urolitíase na população brasileira.

MÉTODO
Estudo transversal retrospectivo utilizando dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) disponíveis no DATASUS, abrangendo o período de 2018 a 2023 quanto às internações. As variáveis incluíram idade, sexo, faixa etária, cor/raça e, região geográfica. A análise estatística incluiu testes de qui-quadrado e regressão logística para identificar associações entre variáveis demográficas e a ocorrência de urolitíase. Usamos também dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia para buscar estratégias terapêuticas adequadas e garantir maior lucidez das informações.

RESULTADOS
Há uma tendência crescente na prevalência de urolitíase no Brasil, com exceção do período entre 2020 e 2021, possivelmente devido à pandemia de COVID-19. A distribuição geográfica da urolitíase foi significativamente maior na região Sudeste, totalizando 240.333 internações, com São Paulo apresentando a maior prevalência (p < 0,05). Além disso, a raça branca é a mais afetada, totalizando 232.556 indivíduos. A distribuição das internações por faixa etária revelou que as maiores prevalências ocorreram entre 30 e 59 anos. Análises de qui-quadrado indicaram associações significativas entre a ocorrência de urolitíase e variáveis demográficas como idade e sexo (p < 0,05). A regressão logística indicou que a idade avançada e o sexo masculino são fatores de risco independentes para a urolitíase (OR > 1, p < 0,05).

CONCLUSÃO
A urolitíase é uma condição de saúde crescente no Brasil, com maior prevalência na região Sudeste e no estado de São Paulo. A análise estatística confirma que tanto a idade avançada quanto o sexo masculino são fatores de risco significativos, sugerindo a necessidade de intervenções direcionadas para essa população. Estratégias terapêuticas corretas, como orientar aumento da ingesta de água, diminuir o consumo proteínas e regular a quantidade de sódio diária, além de políticas de saúde pública, devem ser consideradas para reduzir o impacto da urolitíase na população brasileira.

Palavras Chave

Urolitiase; Epidemiologia;

Área

Geral

Categoria

Estudos transversais

Autores

Gabrieli Luiza Vanz, Júlia Marcondes Barboza