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Dados do Trabalho


Título

PADRÕES DE MIGRAÇÃO DE PACIENTES PARA TRATAMENTO DE CÂNCER DE PRÓSTATA NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

Resumo

Introdução: A neoplasia maligna da próstata é o câncer urológico mais diagnosticado no Brasil. Entender a dinâmica de encaminhamento para o tratamento dessa doença entre os Estados brasileiros é essencial para alocação de recursos e logística para as unidades da federação (UF) mais deficientes no tratamento. Não há na literatura uma análise dos encaminhamentos para intervenção de câncer de próstata dos estados da região Norte. Objetivo: Analisar os padrões de migração para o tratamento do câncer de próstata na região Norte do país, destacando proporções de pacientes encaminhados e destinos mais comuns. Método: Trata-se de um estudo ecológico transversal, com coleta de dados da UF da residência e UF do tratamento de pacientes com diagnóstico de neoplasia maligna da próstata (C61) para os estados da região Norte do Brasil entre os anos de 2014 e 2024. Os dados foram colhidos da plataforma DATASUS em maio de 2024. Para cada estado, foi analisado a porcentagem de tratamentos realizados fora da UF de residência do paciente e a proporção que a principal UF de destino representou dentro dessa fração. Resultados: Entre 2014 e 2024, a porcentagem em que a UF de tratamento foi diferente da UF de residência nos estados de Roraima, Acre e Amapá foi, respectivamente, 26,9%, 14,9% e 12,2%. Nos estados de Tocantins, Pará, Amazonas e Rondônia foi, respectivamente, 9,1%, 5,8%, 4% e 2,2%. Rondônia foi o principal destino para os estados do Acre, Amazonas e Roraima, representando do total de encaminhamentos de cada estado, respectivamente, 79,7%, 72,2% e 33,9%. Para os estados de Rondônia, Tocantis e Pará, os pacientes foram mais encaminhados para o estado de São Paulo, representando, respectivamente, 73,3%, 66,23% e 57,6%. Conclusão: Observou-se Rondônia como o polo de tratamento de câncer de próstata para os estados do Norte mais a oeste, o que pode ser explicado por uma possível infraestrutura hospitalar mais desenvolvida. São Paulo se mostrou como o principal destino fora da região Norte. Observou-se que os estados com mais encaminhamentos percentuais foram os estados com menor número de habitantes no Brasil, o que pode ser a explicação de uma possível deficiência infraestrutural para tratar o paciente com câncer. Para alcançar uma melhor logística e alocação de recursos, é essencial realizar estudos do comportamento migratório de tratamento para outras neoplasias e para outras regiões do Brasil.

Palavras Chave

Próstata; Tratamento; Infraestrutura

Área

Geral

Categoria

Estudos transversais

Autores

Lucas Gueller da Silva Gonçalves, Fábio Braga Soares Filho, Homero Gava Valani, Laura Campos Patez, Guilherme Pittelkou Usberti, Mariana Viana de Brito, Sérgio Riguete Zacchi, Marcus Vinícius da Silva Carvalho