Dados do Trabalho
Título
Análise Descritiva e Epidemiológica do Tratamento Cirúrgico de Incontinência Urinária por Via Vaginal de 2013 a 2023.
Resumo
Introdução: A incontinência urinária é uma condição comum que afeta pessoas de todas as idades. O tratamento cirúrgico por via vaginal é uma abordagem amplamente utilizada para o seu manejo, visando melhorar a qualidade de vida e minimizar os sintomas. Assim, é importante compreender a eficácia e os desafios associados a essa modalidade de intervenção.
Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico e sociodemográfico de pacientes que receberam tratamento cirúrgico para incontinência urinária por via vaginal, durante o período de 2013 a 2023.
Metodologia Científica: Estudo descritivo, transversal, realizado com Sistema de Informações Hospitalares no Departamento de Informática do SUS (SIH/DATASUS) entre janeiro de 2013 e janeiro de 2023. O procedimento selecionado foi: Tratamento Cirúrgico de Incontinência Urinária por Via Vaginal. As variáveis utilizadas para o estudo foram: Ano/ Mês Atendimento, Região, Número de Internações, Valor total, Média de Permanência e Valor Médio Intern.
Resultados: No período estudado, houve um valor total gasto por ano atendimento segundo Região/Unidade da Federação de 21.130.419,00 reais. A maior parte do custo foi proveniente do Sudeste do Brasil, sendo responsável por 49% do valor total, quase metade de todo gerado no país. A região do país com menor custo foi a Região Norte, com somente 4% do total, número 12,25 vezes menor em comparação com o Sudeste. O Sudeste também é a Região com maior número de procedimentos, onde 24.412 pacientes foram internados. O Norte apresentou menor valor médio por internação, com custo por paciente com média de 404,05 reais e a região Centro-Oeste, com maior valor médio por paciente, mostrou custo de 430,51 reais. A média de dias de internação após o tratamento cirúrgico para incontinência urinária por via vaginal é em média de 1,9 dias no Brasil, sendo que não há grandes variações entre as regiões, onde a Região Norte possui maior média, 2,4 dias , e a Região Sul possui menor média, 1,57 dias.
Conclusão: A análise revela disparidades regionais significativas no tratamento cirúrgico da incontinência urinária por via vaginal no Brasil. O Sudeste se destaca com o maior volume de procedimentos e investimentos, enquanto o Centro-Oeste registra o menor custo total. Apesar das variações nos custos médios por internação, a mortalidade é mais elevada no Sudeste. É crucial aumentar o acesso e promover a equidade nos tratamentos de maneira estratégica para todas as regiões nacionais.
Palavras Chave
Incontinência urinária; Tratamento cirúrgico vaginal; Perfil Epidemiológico
Área
Geral
Categoria
Estudos transversais
Autores
Pedro Macêdo Beltrão, Felipe Santos Marimpietri, Antônio Vítor Nascimento Martinelli Braga, Malik Pinheiro Prates, Ana Luisa Oliveira Amaral Alves, Letícia Freire de Carvalho Mattos , Mariana Oliveira Pires Portugal, Arthur Guimarães de Freitas, Filip Messias Santana Prado, Lucas Teixeira Batista