Dados do Trabalho
Título
Influência do Índice de Massa Corporal nas Sequelas de Prostatectomia Radical Retropúbica
Resumo
Introdução: O Câncer de Próstata é o segundo tipo de neoplasia mais frequente entre o sexo masculino e a segunda maior causa de morte por neoplasia. Há fatores que elevam o risco de desenvolver Câncer de Próstata como etnia, idade, história familiar, tabagismo e obesidade. A distribuição corporal pode ser quantificada pelo Índice de Massa Corporal (IMC), sendo o sobrepeso maior que 25kg/m2 e a obesidade a partir de 30kg/m2. A relação das sequelas da Prostatectomia Radical Retropúbica com o IMC é demonstrada em vários estudos, sendo que, muitos deles, sugerem aumento do risco de sequelas em pacientes obesos. Objetivo: Avaliar a associação entre o IMC e as sequelas apresentadas pelos pacientes com câncer de próstata submetidos à Prostatectomia Radical Retropúbica. Método: O presente trabalho se trata de um estudo retrospectivo que, por meio da revisão de prontuários médicos, avaliou 239 pacientes submetidos à Prostatectomia Radical Retropúbica, entre os anos de 2018 a 2023, no Hospital Regional do Vale do Paraíba, Taubaté-SP. Resultado: Os 239 pacientes foram divididos em grupos consoante seus respectivos IMCs, havendo 74 pacientes para o IMC normal (G1), 120 para o IMC de sobrepeso (G2), 43 para o IMC de obesidade grau I (G3) e 2 para o IMC de obesidade grau II (G4). Em relação às sequelas intra-operatórias, observou-se que a abertura do reto e a dissecção difícil da próstata foram mais presentes no G2. A lesão vesical foi mais presente no G3, enquanto que a presença de sangramento importante esteve mais presente no G4. Já a lesão uretral, esteve mais presente no G1. Dentre as sequelas pós-operatórias imediatas, a fístula vesical, orquiepididimite, presença de sangramento importante e protrusão da sínfise púbica estiveram mais presentes no G2; cistostomia, uretroplastia, uretrotomia, colostomia, cistostomia e infecção pós-operatória estiveram mais presentes no G3. Já nas sequelas pós-operatórias tardias, observou-se maior presença de disfunção erétil no G3, enquanto que a incontinência urinária e a associação de ambas foram mais presentes no G4. A incontinência urinária e a disfunção erétil tiveram números semelhantes entre G1, G2 e G3. Conclusão: Utilizando o IMC como referência central do estudo, observou-se importantes impactos de IMC acima do normal nas sequelas intra-operatórias, pós-operatórias imediatas e na disfunção erétil. A incontinência urinária e sua associação com a disfunção erétil tiveram maior equiparação em relação aos de IMC normal.
Palavras Chave
Prostatectomia; IMC; Sequelas.
Área
Geral
Categoria
Coortes retrospectivas ou prospectivas
Autores
Bruno Reis Cantini, Rafaela Rossi, João Marcos Braz Scarpa Mariano Pereira, Luiz Carlos Maciel